Prefeito e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Mangaratiba no RJ, são alvos de mandatos de prisão.

31/08/2018 11:32

De janeiro de 2010 a agosto de 2017, a Câmara de Vereadores de Mangaratiba gastou com viagens e cursos para servidores e vereadores mais de R$ 17 milhões.

 

O prefeito interino de Mangaratiba, Vitor Tenório Santos, o Vitinho do PDT, e os ex-presidentes da Câmara de Vereadores Edison Ramos e Pedro Bertino Jorge Vaz são alvos de uma operação que visa cumprir mandados de prisão contra os três políticos, que já são considerados foragidos.

Segundo as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), de janeiro de 2010 a agosto de 2017, a Câmara de Vereadores de Mangaratiba gastou mais de R$ 17 milhões com viagens e cursos.A Câmara do município possui 13 vereadores.

Os agentes chegaram ao prédio onde vive Vitor Tenório Santos, Vitinho do PDT, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, no começo da manhã. Os policiais ainda estiveram em outro endereço na Zona Oeste e também em Mangaratiba, onde fizeram buscas na prefeitura e na Câmara de Vereadores.

Nas residências de todos os envolvidos, os policiais apreenderam documentos, além de duas armas na residência de Edison.

Vitinho do PDT assumiu interinamente a Prefeitura de Mangaratiba há dois meses no lugar de Aarão de Moura Brito Neto e do vice, que tiveram os diplomas cassados pela justiça.

 

Cursos em cidades turísticas

Durante o período que o esquema de viagens esteve em vigor, os envolvidos autorizaram 6.691 diárias para eles mesmos. Alguns detalhes chamaram a atenção dos investigadores: muitos cursos eram no Nordeste do país, no fim de semana e em cidades com vocação turística, como Maceió, Recife, Salvador e Porto Seguro.

Por fim, o MP-RJ considerou que os cursos não tinham nenhuma relação com o interesse público, servindo apenas para mascarar um esquema que oferecia a eles um acréscimo de salário, além de vantagens econômicas a empresários beneficiados pelo esquema.

Para o ano de 2018, o então Presidente da Câmara e atual Prefeito interino, Vitor Tenório, já havia autorizado o empenho de R$ 1 milhão para gastos com viagens de Vereadores e servidores. A informação é de um levantamento do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

Em um dos casos, um curso custou aos cofres públicos mais de R$ 625 mil. Em comparação, de acordo com o MP-RJ, um mestrado em administração pública na Fundação Getúlio Vargas custa menos de R$ 60 mil.

As contratações das organizadoras dos eventos foram feitas sem licitação e eram em favor sempre das mesmas empresas. As hospedagens incluíam estadia em resorts de luxo e pagamentos de despesas extras, quitadas com dinheiro público.

Os envolvidos vão responder por associação criminosa, desvio de dinheiro público e dispensa indevida de licitação. Todos os envolvidos estão suspensos de suas funções públicas.

Fonte: G1 - g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/08/31/prefeito-e-presidente-da-camara-de-vereadores-de-mangaratiba-no-rj-sao-presos.ghtml

 

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